Pessimismo econômico no governo Lula




Inicio com a imagem acima. O livro é sobre o pessimismo de empresários, de acionistas etc. sobre Lula. 

Fernando Henrique Cardoso (FHC), em seu último mandato, queria que o próximo chefe de Estado e chefe de governo continuasse com os programas sociais. É notório que FHC, salvo algumas ressalvas, iniciou os programas sociais importantíssimos para os cidadãos na condição de miserabilidade. Essa condição em nada tem a ver com "incapacidade intelectual", "falta de coragem", a famosa "meritocracia", e qualquer outro termo pejorativo. Com a Lei Áurea, os ex-escravos ficaram à merce da própria sorte. Junte o racismo estrutural, de séculos, com o termo "meritocracia", não faltarão justificativas para os programas sociais serem dizimados pelos "bons cidadãos", os que se dizem "bons", mas, no íntimo, impera o narcisismo, ou espectro de narcisista, conjuntamente com ideologia racista.

Primeiros meses do governo Lula. Sem parecer correligionário do PT e de Lula, também é notório os "fake news" produzidos desde a redemocratização no Brasil. A internet foi, e é, o ambiente para produções de descontextualização antidireitos humanos. Falar em "democracia", não nos esqueceremos, jamais, de que nas democracias existiram escravidão, eugenia negativa, Holocausto Nazista, darwinismo social.

Desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, os programas sociais, o trabalho análogo ao  escravo, as instituições democráticas, uma nova realidade, horripilante, ocorreu no Brasil. A narrativa de "combate à corrupção" está caindo por terra. Os atos antidemocráticos, os documentos encontrados com Anderson Torres, as "Joias de Bolsonaro", paulatinamente, o "Véu de Ísis" cai, e a realidade aparece.

O jornalismo, sem exclusividade ideopolítica, esquerda ou direita, deve ser compromissado com a única ideologia, a dos direitos humanos. Aliás, pensar em "esquerda versus direita", "cristãos versus comunistas", "capitalismo (liberdade) versus comunismo (opressor), a maior insanidade inventada na História. Nunca houve comunismo, muito menos capitalismo. Ambas ideologias prometeram acabar com as diferenças sociais, gerarem na espécie humana respeito pelo ser humano. Nada foi conseguido.

Temos o "backlash", um fenômeno de "contracontracultura". Por exemplo, nos anos de 1950, nos EUA, a contracultura. Os movimentos sociais das "minorias" queriam suas dignidades materializadas, e não somente "no mundo das ideias". Agiram, as "minorias", para garantirem os seus direitos humanos. Tentativas se fizeram contra mudanças sociais, nas normas jurídicas para não garantirem os direitos humanos das "minorias". Neonazistas, fundamentalistas religiosos, supremacistas brancos; estas comunidades agiram, e ainda agem (contracontracultura), para restabelecerem os "bons tempos" de "chicote no lombo ou trabalho" (escravidão negra), "raça pura" (raça ariana), "Deus acima de tudo" (homofobia, transfobia, pátrio poder, feminicídio pelo justificativa de "legítima defesa da honra" masculina etc.)

No Brasil, as defesas, enfadonhas, de que não houve racismo estrutural como ocorreu nos EUA. Mentira! O processo de "racismo estrutural" foi concebido sem os extermínios, por exemplo, da Ku Klus Klan (KKK), nos EUA. No Brasil, por "Deus ser brasileiro", não matava, com corda no pescoço, os afrodescendentes, porém, todo o arcabouço jurídico era garantidor de "Lei e Ordem" para manter os "subversivos" (negros) quietos e dóceis. As polícias agiam não para a defesa dos cidadãos negros, mas para contê-los em suas revindicações contra o sistema opressor de suas dignidades. Os reclames dos "desordeiros" (negros) eram chancelados de "criminosos natos" (teoria do "criminoso nato", nos séculos XIX e XX).

Contudo, a democracia resistiu, e resiste. Sites de checagens de notícias falsas atuam, diuturnamente, para esclarecerem e desmistificarem produções de descontextualizações ideopolíticas. Tanto no Brasil quanto em países também democráticos, as notícias falsas, principalmente pelo uso de monetizações, estão com os dias contados para terminarem, ou pelo menos diminuírem, substancialmente.


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